Assassino revela detalhes da morte de criança em Tibau


Poliano detalha o crime que cometeu, mostrando bastante frieza (Fotos Marcos Garcia)

Andrey Ricardo / Da Redação

Um homem extremamente frio. Essa é a definição mais simples sobre a personalidade de Poliano Cantarelle Fernandes da Silva, 35, que foi preso na quinta-feira passada por tentar abusar sexualmente e depois matar Cinthia Lívia de Araújo, de 12 anos. Ele resume o ato que cometeu como uma vingança contra a mãe e uma das irmãs da vítima. Ele manteve relacionamento amoroso com as duas e se julga explorado financeiramente. Para se vingar, resolveu matar Cinthia.
Na primeira entrevista concedida a um veículo de comunicação, Poliano conta detalhadamente o crime que cometeu e chocou a população norte-rio-grandense. “Vou explicar a você do início”, disse, logo no início da conversa com a equipe, que durou aproximadamente 40 minutos. Ele é trazido à reportagem por dois agentes penitenciários. Vem sem camisa, ainda molhado depois de um banho. Pela aparência, é difícil remetê-lo às imagens do corpo de Cinthia, encontrada morta em um poço, na quinta-feira passada, 26, em Tibau. A princípio, diz que já falou tudo à polícia (em seu depoimento).
A HISTÓRIA DELE
Depois de uma breve conversa, sente-se confiante para falar à reportagem. A conversa acontece na presença de agentes, praticamente na porta da cela que ele tem passado seus últimos dias, isolado dos demais presos – em sua maioria, revoltados com o crime que ele confessa ter praticado. Ao invés de ir direto ao crime, ele começa a contar sua história. É casado, tem 35 anos e ganha a vida como caseiro. Faz também limpeza de piscinas. É natural de Mossoró, mas mudou para Tibau há nove anos. Na época, era casado. Sua esposa morreu e hoje ele tem um filho de 14 anos dessa sua relação.

Poliano está em uma cela isolada, separado dos outros presos, que querem vingança

MÃE E FILHA
Depois de passar por alguns endereços, acabou indo parar em uma casa próxima à casa da família de Cinthia, há aproximadamente três anos. Foi nesse período que se envolveu primeiramente com Jadina Larisse de Araújo, que hoje tem 19 anos, e é a irmã mais velha (são três irmãs e três irmãos). Na época, Jadina tinha entre 15 e 16 anos. Manteve um namoro com ela que durou aproximadamente um ano e meio. Conta que acabou porque a menina não queria nada sério. Logo depois, passou a namorar a mãe, Vânia Maria de Araújo. Passou um ano e meio – o fim do relacionamento é recente.

Frieza é o que mais chamou a atenção no assasino, que não demonstra arrependimento

A VINGANÇA
Durante aproximadamente três anos, período que viveu com a filha e depois a mãe, Poliano se diz explorado financeiramente. Conta que bancava as despesas da família, que continuava lhe procurando, mesmo após o fim do relacionamento com as duas. Hoje, ele convive com uma mulher de 32 anos, que está no quarto mês de gravidez – é de risco. Conta ainda que a Vânia, a mãe, teria oferecido ainda outra filha para ele – não explica bem essa parte. Se sentindo explorado, ele diz que resolveu se vingar. “Queria colocar um ponto final naquilo”. Encontrou Cinthia na rua, sábado, e a ideia veio à mente.

Veja a matéria completa na edição desta terça do JORNAL DE FATO

Fonte:  www.defato.com

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